STARTUPS, FINTECHS E UNICÓRNIOS

ARTIGO PUBLICADO EM ZERO HORA EM 03/07/2019

 

As três palavras acima incorporaram-se ao universo moderno. As startups são empresas que se destacam das tradicionais por seu grau de inovação, utilizando de forma intensiva a tecnologia, estruturas extremamente leves e modelos de negócios criativos e diferenciados, todos eles lastreados em uma visão estratégica de futuro que se combinam e geram modelos desruptivo em seus mercados. Muitas vezes criam mercados a partir de produtos ou serviços inovadores. Quando obtém sucesso, apresentam crescimentos exponenciais e agregam valor, principalmente quando possuem escalabilidade, surfando em ganhos de escala.

Entre as startups, as chamadas fintechs são empresas voltadas a todo o tipo de serviço ou produto bancário. Passam por meios de pagamento, crédito, cobrança, investimentos e quaisquer serviços ou retaguardas financeiras e buscam escalas e também crescimentos exponenciais. São intensivas em tecnologia, possuem estruturas leves e são inovadoras em seus produtos e serviços. Aliam a visão estratégica de mercados às oportunidades oferecidas pela tecnologia, buscam dominá-la e a partir de ideias criativas se desenvolvem com visões sobre demandas futuras do setor.

Característica da grande maioria das startups é o baixo investimento inicial. Seu grande capital são suas ideias inovadoras, ou seja, são intensivas em capital intelectual. Por outro lado, nem toda a startup tem sucesso. O insucesso de parte delas é explicado pelo trajeto entre a boa ideia e sua aplicabilidade. Probabilisticamente, é possível que uma ideia que você tenha agora, inúmeras pessoas em diversos lugares do mundo estejam trabalhando em algo semelhante. Ganha quem chegar primeiro, pois a maioria das ideias não são patenteáveis. A falta de uma visão financeira e empresarial também pesa na jornada. Há uma fronteira entre o idealismo e o pragmatismo a ser vencida.

Convencionou-se chamar de unicórnios aquelas startups que atingiram um valor de mercado na ordem de US$ 1 bilhão. Embora não haja dados exatos, estimativas indicam que no mundo possa haver cerca de até 200 empresas unicórnios. No Brasil são duas, fintechs, o Nubank e a Stone, banco digital e meios de pagamento. Dados do setor indicam que temos em torno de 12.800 startups e cerca de 550 fintechs. Entre as fintechs, mais de 40% está ligado a meios de pagamento, crédito e investimentos, onde a revolução está apenas começando.  Em um setor de escala, uma olhada para a China é uma boa ideia para se entender o modelo desruptivo lá implantado, tracionado por muita inovação e uma compreensão estratégica de futuro invejável, a partir do presente.