OS NOVOS BANCOS
PUBLICADO EM ZERO HORA EM 06/02/2021
Uma das questões mais percebidas no mundo moderno é sem dúvida a rápida mudança que se estabeleceu no sistema financeiro e é notada por todos.
O modelo tradicional de bancos que todos conheceram, onde tudo acontecia nas agências e a força de cada banco se media pelo tamanho de sua rede, ficou para trás. O grande desenvolvimento disponibilizado pelas novas tecnologias, incluído as comunicações, levaram a digitalização para dentro do sistema.
Isso mudou o comportamento dos clientes que reduziram drasticamente a necessidade de se deslocarem às agências e que passaram a realizar a maioria de suas transações através de canais digitais. Essa onda de imersão em tecnologia obrigou a milionários investimentos por parte do sistema e esse custo representou sempre forte barreira de entrada para novos players.
Nos últimos anos, os avanços tecnológicos aceleraram e seus custos caíram drasticamente, com os provedores de tecnologias passando a ofertar soluções de alta produtividade e velocidade, abrindo espaço à chegada de novos concorrentes ao mercado. Com isso criou-se um ambiente onde o diferencial passa pelas inteligências estratégicas de cada participante ao entender e navegar por esse novo mundo virtual.
Chegamos a um momento fortemente disruptivo e passamos a conviver com um mercado de mais concorrência, em contraponto a um sistema bancário extremamente concentrado e caro.
Nesse mundo, novas realidades atendem por bancos digitais, fintechs, PIX, Openbanking, Blockchain, e-commerce, redes de varejo virando bancos, múltiplas empresas capturando transações de cartões e o crescente uso de inteligência artificial. Em comum, passam a oferecer produtos e serviços mais adequados e confiáveis e estão acirrando a concorrência, salutar para a sociedade.
Em contrapartida, os bancos tradicionais estão sendo afetados por esse conjunto de novidades e tentam se posicionar frente a uma concorrência inovadora. É certo que dependerão de sua própria inteligência estratégica e capacidade de enfrentamento. Inovações e condições de se antecipar aos movimentos fazem a diferença. Copiar e colar pode não funcionar.
Um pequeno termômetro da competitividade dos novos players pode ser medido pelo fato de que apenas quatro dos principais bancos digitais já abriram mais de 44 milhões de contas e entre os dez bancos que mais credenciaram a chave PIX, os digitais lideraram.
Moral da história, quem menos correr vai comer poeira! Se já não comeu!