A CONSTRUÇÃO DE MEMÓRIAS
ARTIGO PUBLICADO EM ZERO HORA EM 13/02/2019
Nosso maior ativo são as memórias construídas ao longo da vida.
O período de férias é propício para todo o tipo de reflexões e para pensar um pouco no que se faz na vida.
Nos acostumamos a utilizar o verbo construir no sentido material. Construímos estradas, edifícios, carros, aviões, e tudo o mais. Por mais materialidades que se construa, nada é maior do que as memórias acumuladas. As memórias construídas e que se juntarão no final de nossos tempos serão a maior construção que faremos.
Amigos de décadas constroem histórias comuns que poderão ser lembradas décadas depois e terão valor imensurável. Aos noventa você poderá estar lembrando de fatos comuns com pessoas com quem privou na juventude, ou mesmo depois. Valem muito!
Em sua família, é absurdo o valor de memórias do início da vida de seus filhos e netos, suas primeiras interações, seus crescimentos e em especial de seus sonhos, onde ficamos muitas vezes em silêncio observando suas evoluções, no terão pela frente, que você é parte de suas vidas e dos sonhos que eles constroem. Por vezes pare e observe em silêncio, pois aqueles instantes podem não ter preço na construção de suas memórias.
Férias em família podem ser momentos ideais para acompanhar a evolução de sua família, pois a corrida do dia a dia nos rouba momentos preciosos de nossos tempos, e crianças são crianças apenas uma vez. Se não prestarmos atenção, corremos o risco de um dia nos depararmos com pessoas desconhecidas, e são nossos filhos. Viagens de férias são ideais para este conhecimento e todos poderão colecionar momentos especiais que serão juntados na construção das memórias, onde em um futuro longínquo todos estarão lembrando. Imagine-se. Lembrar e refletir sempre é bom.
Também na vida profissional se constroem carreiras onde memória são construídas. As pessoas passam décadas trabalhando e fazendo relações definitivas. No trabalho podem constituir relações sólidas e que extrapolam esse ambiente, e mesmo após a aposentadoria continuam se relacionando em grupos praticando esportes ou apenas se reunindo a volta de uma mesa ainda construindo novas memórias, mas também valorizando as antigas, suas histórias comuns.
As construções materiais que fazemos podem até perdurar no tempo e nos superarem, mas o que vale é o que mantemos em nossas mentes. No fim de nossos tempos, a qualidade de nossas memórias é que dirá se fomos pessoas felizes.